
As reuniões musicais da família Cazes eram gravadas e às vezes resultavam bem. Dois momentos desses especiais passaram por um remix acústico (com a participação de Paulão 7 Cordas) em 2001.

Vivendo o anseio de ser cantor/compositor, tão em alta naquela época, eu fiz esse samba canção em 1978, que o Eduardo Dusek cantou por muito tempo em seu show.

No festival de música da UFRJ de 1979 eu tirei 1º, 2º e 5º lugares. O 2º foi com esse “Berços do samba”, gravado pelo Coisas Nossas. No evento, ainda conheci o bandolinista Paulo Alves que me indicou para a Camerata Carioca. Festival bom!

No primeiro disco que gravei, “Vivaldi & Pixinguinha”, tive que correr atrás para equilibrar o som do cavaquinho com a incrível sonoridade do bandolim do Joel. Esse terceiro movimento do Vivaldi demonstra que a luta valeu a pena.

Gravação única em que eu toco bandolim, do épico álbum “Olhar Brasileiro” de Dusek e com cordas escritas por Aloísio Didier.

Em 1981 Taiguara voltou da África mais esquerdista que nunca e chamou Radamés para fazer uns arranjos. Ao ouvir o resultado disse “esse arranjo é uma vitória do povo brasileiro” e Radamés retrucou: “ô Taiguara, esse arranjo é meu, o povo não entende merda nenhuma de música”.

Meu primeiro arranjo de sopros gravado. Detalhe: Braguinha foi censurado e impedido de usar a expressão “comeu o treinador”, tão comum no futebol, e mudou muito contrariado para “driblou o treinador”.

Depois de fazer sucesso no show “Na boca do povo”, o conjunto Coisas Nossas e Marlene foram convocados para defender esse maxixe de Claudio Nucci no Festival MPB Shell da Tv Globo. Arranjo de Aloísio Didier.

Atendendo a um pedido de Radamés, Benito de Paula no auge do sucesso convidou a Camerata Carioca para gravar em seu Lp. Arranjo de Maurício Carrilho, cordas de Radamés e um solo de cavaquinho em técnica mista palheta/dedo feito por mim.

Em 1983, na entrega do Prêmio Shell para Radamés no Teatro Municipal do Rio, fizemos a primeira e única audição do Concerto Seresteiro para piano, conjunto regional e orquestra.

No Lp “Meu samba encabulado” de 1983, Nara Leão resolveu incluir vinhetas instrumentais, como essa, do choro de Radamés gravada pela Camerata Carioca. Arranjo do autor. Wilson cantando seus personagens marginais pouco antes de morrer.

Gravado ao mesmo tempo que o disco da Nara, que olhava o samba no futuro, “Noel Rosa Inédito e Desconhecido” levava o conjunto Coisas Nossas a pesquisar o passado.

No primeiro disco que produzi, em fins de 1984, além dos astros Joyce e Roberto Silva, cantando obras de Wilson Batista, coloquei em prática a ideia do "remix acústico" que irá retornar em outros momentos.

Um projeto confortável envolvendo Caymmi, Radamés, Camerata e mais uma orquestra de cordas. Uma rapsódia de linguagem radiofônica, revivida em 1985.

Para a novela “Helena” da TV Manchete, escrevi a música incidental, baseada em temas de época. Esse arranjo gravado pelo Quarteto Bessler-Reis acabou sendo o tema do romance principal.

Foi um grande prazer produzir e arranjar o CD “Folhas secas” do querido amigo Guilherme de Brito. Essa faixa de abertura tem um timaço: Paulo Sergio Santos no sax soprano, Chiquinho do Acordeom, Rafael Rabello, Zeca Assumpção no contrabaixo.

Escrito para a novela “Carmen” da TV Manchete, esse tema em ritmo de galope acabou não sendo usado. Chiquinho no acordeom, com quinteto de cordas. Muito chique!

Gravação feita para o álbum “Solistas brasileiros”, produzido pelo craque J.C. Botezzeli, o Pelão. A opção de gravar com instrumento à capela visava mostrar 100% os solistas.

Gravado para a trilha de uma mini série que não chegou a ser completada, a ideia era resgatar esse choro delicioso de Luiz Bandeira, que Sivuca lançara nos anos 1950. O piano é do saudoso Helvius Vilella.

Em agosto de 1988, na série Summerstage do Central Park, 45ºC em NY e mais de 60ºC ao sol, que batia no palco. As cordas do cavaquinho estão frouxas devido ao calor, não dava para abrir o olho pois o suor entrava e ardia. Um sacrifício grande para ir até o final.

Realizei o sonho de tocar a música de que mais gostava na infância e adolescência. A versão foi escrita a 4 mãos com Jaime Ernest Dias. E ganhamos os prêmios de melhor disco e melhor grupo com a Orquestra de Cordas Brasileiras.

O disco “Nino Rota por Solistas Brasileiros” foi pensado pelo Pelão para colocar a obra do gênio italiano da música de cinema em contato com os elementos da música brasileira. Uma bela ideia!

O belíssimo Adagio do Concerto para Acordeom, Cordas e Tumbadoras era o momento de Chiquinho usar toda a sua verve e elegância. A gente brincava dizendo que era “Concerto para Chiquinho do Acordeom”.

Ao vivo no Japão, no último show de uma temporada inesquecível. Nélson Sargento totalmente à vontade e eu, que estava há 2 meses fora de casa, matando a saudade do violão com o instrumento emprestado por Mishio Tashima.

Para o Lp “Tocando Waldir Azevedo”, Rildo Hora sugeriu esse choro, que ele tocava nos programas de rádio no início da carreira. Caprichei no arranjo e tocamos juntos, dividindo na hora as partes do solo.

Terceira música da série feita para os amigos músicos japoneses. Depois de "Mitsuru do Cavaco" p/ Mitsuru Inoue e "Tashima Sam" para Mishio Tashima, "Sasadi Dance" para Shigeharo Sasago, aqui no violão. Bandolim de Oh Akioka.

O primeiro nome da música "Catavento e girassol" de Guinga e Aldir Blanc foi "Choro pro Henrique". Aqui o autor apresenta a versão original de 1991 e faz comentários.

Retribuindo o "Choro pro Henrique" fiz, em 1992 essa valsa pro Guinga, citando o bairro onde passamos parte da infância.

O ano de 1991 foi o máximo para a Orquestra de Cordas Brasileiras. Ganhamos os prêmios Sharp de melhor disco e melhor grupo instrumental e ainda gravamos Piazzolla com Chiquinho do Acordeom.

Para o projeto "Brass around the world", idealizado pelo amigo Katsunori Tanaka, juntei Chiquinho do Acordeom com a Orquestra Pixinguinha e o grupo japonês Compostela numa seleção de polcas do mundo. CD inédito no Brasil.

Para o CD de Monarco, "A Voz do Samba", escrevi esse arranjo juntando sambas maxixados dos fundadores da Portela, com direito a tuba. A Velha Guarda adorou.

Dentre as coisas meio absurdas que fiz na publicidade - anúncio de cigarro como ator, trilhas para Xuxa, acho que o máximo é esse jingle no Shopping Recife, um frevo. Imaginem só: Recife encomendando frevo ao Rio.

Tive a grande honra de ser convidado por Edino Krieger para produzir o disco comemorativo do centenário de seu pai, Aldo Krieger (1903-1972). Um maxixe delicioso vindo de Brusque, SC.

Um momento raro de tocar choro com piano acompanhando aconteceu no programa "Ensaio" de Fernando Faro em 1993 e virou CD. Leandro Braga com toda sua categoria em um belo tema de Jacob do Bandolim.

Em 1º de maio de 1993 regi a primeira audição da cantata "O operário em construção" escrita por Radamés Gnattali sobre o poema de Vinícius de Moraes. E gravamos para a Rádio Cultura de SP, em registro nunca lançado.

Convidado para fazer os arranjos do espetáculo "Piazzollando com sotaque brasileiro" no CCBB em 1994, tratei logo de aproximar choro e tango pelas raízes.

O CD "Vitória da ilusão" de Moacyr Luz foi produzido a muitas mãos. Dentre os arranjos que escrevi, gosto especialmente desse, da profética faixa de abertura.

Gravei um disco ao vivo com Canhoto da Paraíba, substituindo ninguém menos que o Paulinho da Viola. Aqui, Canhoto fica muito à vontade nessa música que era um dos seus cavalos de batalha.

Fui convidado juntamente com Sivuca, Morais Moreira e Canhoto da Paraíba para gravar com a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Honraria para um solista do Sudeste. O arranjo é meu.

Para o CD "Bach in Brazil", lançado em 40 países, escrevi essa versão do Concerto para 2 Violinos de Bach, magistralmente interpretado, entre o barroco e o choro por Ricardo Amado.

Entre 1992 e 2010 tive a sorte de fazer os espetáculos "Sem tostão" e "Sem tostão 2, a crise continua" com a Cristina Buarque. Aqui vai a abertura do segundo show. Ao vivo no Bip Bip.

Faixa do CD "Café Brasil" produzido por Rildo Hora, que teve a ideia de colocar o bandolim de Joel Nascimento junto com o cavaquinho em "Brasileirinho", para fazer as pazes entre Jacob e Waldir.

Em 2001, para o projeto "Um século do violão brasileiro", eu pude gravar essa peça de Baden Powell que adorava tocar desde a infância.

O Choros nº 1 de Villa-Lobos, dedicado a Ernesto Nazareth, é uma homenagem aos chorões. Eu e o Marcello Gonçalves fizemos essa gravação para devolver a música ao ambiente de improviso e de liberdade do Choro.

Avisado pelo produtor musical Sergio Saraceni que precisavam de um fado na trilha da novela "A padroeira" da TV Globo, arranjei uma guitarra portuguesa, afinei do jeito que conseguisse tocar, compus a 1º parte, Sergio fez a 2º e deu tudo certo.

Para o CD "Tudo é Choro", inédito no Brasil, escrevi essa mazurca de A. Stelio, o Pixinguinha da Martinica, como diz Katsunori Tanaka. Violino de Nicolas Krassic e acordeom de Marcos Nimrichter.

Ao ser convidado pelo produtor João Augusto para colocar de pé a ideia de Renato Russo e gravar Beatles com a turma do choro, fui pra casa e dei de cara com esse maxixe. O arranjo que deu origem a série.

No dia 2 de janeiro de 2002 encontramos para uma roda de choro no palco, gravada ao vivo. Além de tantos improvisos e uma fina sintonia, temos aqui um raro improviso do violão de César Faria.

Uma experiência eletrônica sobre a obra de Pixinguinha, o CD "EletroPixinguinha XXI" chocou muita gente. Essa faixa tem, além de Fernando Moura e Beto Cazes, Pedro Miranda e Teresa Cristina.

O belíssimo tema de Jobim ganhou um arranjo especial para o duo piano-cavaquinho, escrito pelo grande amigo e craque da ponte jazz-choro: Cliff Korman.